China linda que espera no rancho Esse peão que um dia saiu Culatreando uma tropa alheia, Lá fim do horizonte sumiu. Vai alçando a ponta de cascos A poeira fina que o vento acolheu Levando um berro no reponte E na garupa um soluço teu.
Saiba china que minha alegria De tão magra quase nem troteia E a saudade pateando no peito, Não se cansa e nem assoleia, Noites negras ponteiam estrelas E uma doce lembrança me bate, Pensamento abandona os pelegos, Pro aconchego que ficou no catre.
Quando tranqueio um quarto de ronda A solidão me acende o desejo, Teus olhos refletidos na noite Que até no escuro eu vejo. Madrugada nunca chega solita Vento frio se faz de fiador Sinto que o poncho e fogo, Aquecem menos que o teu amor.
Mais uns dias entrego a tropa E de volta pro rancho eu sigo, Beber a seiva de um mate novo, E a doçura de um amor antigo. Fica no ar o berro triste da tropa, Que só tem penas para ruminar. Saudade é triste para quem volta, Mais trsite ainda é não poder voltar.