Zilo e Zalo

Seriema

Zilo e Zalo


Pelos campos do Brasil
Seriema vai cantando
Sem saber que está matando
De saudade um trovador

Vai também meu pensamento
Passeando emocionado
Pelos campos do passado
Revivendo um velho amor

Que saudade, seriema
Das manhãs em que eu ia
Para as festas da abadia
Do mateiro e do brejão

Seu cantar se espalhava
Pelas terras perfumadas
Em alegres clarinadas
Na alvorada da ilusão

Fim de baile, o regresso
No orvalho das campinas
As estrelas matutinas
Se apagando muito além

E o sol se alaranjando
Para as bandas do nascente
Colorindo docemente
Os cabelos do meu bem

Junto à flor da minha vida
O meu mundo era poema
E o cantar da seriema
Era fundo musical

Mas depois que abandonei
Minha doce criatura
Nunca mais tive a ventura
De encontrar amor igual

Percorri longos caminhos
Quase ao fim estou chegando
Os cabelos branqueando
Tive acertos e enganos

Quem amou como eu amei
Tem o coração sensível
O desejo impossível
De voltar aos quinze anos

Quando escuto, seriema
O seu canto soluçado
Vou revendo meu passado
Pela imaginação

Vivo nesta ilusória
Fantasia colorida
Mas talvez a própria vida
Seja uma ilusão

Composição: Goiá, Leonardo Amâncio

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