Zigurate
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Obsessão

Zigurate


Grandes bosques, de vos, como das catedrais
Sinto pavor; uivais como órgãos; e em meu peito,
Câmara ardente onde retumbam velhos ais
De vossos De Profundis ouço o eco perfeito

Te odeio oceano! Teus espasmos e tumultos
Em si minha alma os tem; e este sorriso amargo
De homem vencido, imerso em lagrimas e insultos,
Também os ouço quando o mar gargalha ao largo

Me agradarias tanto, o noite, sem estrelas
Cuja linguagem e pôr todos tão falada!
O que eu procuro e a escuridão, o nu, o nada!

Mas eis que as trevas afinal são como telas,
Onde, jorrando de meus olhos aos milhares,

Vejo a me olharem mortas faces familiares

Composição: Letra Charles Baudelaire, Fábio Banks

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