Estou voltando pra minha terra Já não aguento tanta solidão Aqui distante a barra é pesada Saudade danada do meu sertão
Tenho saudade do fogão de lenha Onde minha mãe capricha no café Me lembro bem dos bailes de barracas E a noite inteira no arrasta-pé
O sanfoneiro em cima da mesa Baile de barraca é a tradição De tudo isso eu tenho saudade Até da poeira subindo do chão
Meu Deus, que saudade o tempo inteiro Meu Deus, que saudade dos companheiros Meu Deus, que saudade daquela serra Meu Deus, que saudade da minha terra
Ah! se eu pudesse voltar no tempo Pra começar tudo isso de novo As brincadeiras no terreirão Dói meu coração de saudade do povo
Lá na paineira o carro de boi O tempo se foi e não volta mais Aqui distante choro de desgosto Lágrimas no rosto, saudade dos pais
Meu Deus, que saudade o tempo inteiro Meu Deus, que saudade dos companheiros Meu Deus, que saudade daquela serra Meu Deus, que saudade da minha terra
A velha carroça na cerca encostada E a velha enxada já enferrujou Aquele balanço feito de cipó Na beira do rio, com o tempo quebrou
Só vai aumentando a dor no meu peito Só eu sei o quanto que já chorei Tendo que viver longe do meu sertão Dos meus pais, meus irmãos que para trás deixei
Meu Deus, que saudade o tempo inteiro Meu Deus, que saudade dos companheiros Meu Deus, que saudade daquela serra Meu Deus, que saudade da minha terra
Meu Deus, que saudade o tempo inteiro Meu Deus, que saudade dos companheiros Meu Deus, que saudade daquela serra Meu Deus, que saudade da minha terra