Chega como eu cheguei, pisa como eu pisei No chão que me consagrou Olha que lei é lei, lei que eu nunca burlei Pois Deus me designou
Ao me ver já diz que me conhece Sem saber bem que eu sou Conhece mas desconhece, meu real interior
Eu sou verso e sou reverso, sou partícula do universo Sou prazer, também sou dor Eu sou causa, sou efeito Eu sou torto e sou direito
Vem na oureza do vento Na luz que o sol reluz Sonho que me conduz ao choro Do pé da cruz De tudo que faz a vida Desmerecer a razão E meus olhos se confundem por ver Tanta ingratidão
Não brinque com meu amor Não brinque com meu amor Meu amor não é brincadeira E nem é coisa sem valor
O meu peito é uma esteira Onde a paz se deitou O meu peito é uma esteira Onde a paz se deitou Eu chamo você demora Eu já disse à você
Brincadeira tem hora Brincadeira tem hora Brincadeira tem hora Brincadeira tem hora Brincadeira tem hora
A solidão vive açoitando meu peito Procuro um jeito ligeiro Dela sempre me esquivar Mas a luz que ilumina meu caminho Ilustra meu pergaminho Com as vitórias que a vida me dá
Maltrata quem te adora Brincadeira tem hora Eu sei quem te adora Brincadeira tem hora eu sei que você vai embora Brincadeira tem hora
Um coração, quando ama choraminga O olhar lecrimeja e até mingua Em busca de carinho Amor é coisa que nasce dentro da gente Quem não tem, vive doente Perdido nos descaminhos
Essa paixão me devora Brincadeira tem hora Juro por nossa Senhora Brincadeira tem hora, Oh! Brincadeira
Oh, Iaiá! Iaiá... ô Iaiá, minha preta não sabe o que eu sei | O que vi nos lugares onde andei | Quando eu contar Iaiá, você vai se pasmar | Quando eu contar Iaiá, você vai se pasmar | Vi um tipo diferente, assaltando gente que é trabalhador Morando no morro, muito perigoso onde um tal de Caveira comanda o vapor Foi aí que o tal Garoto coitado do broto, encontrou com Caveira Tomou um sacode, caiu na ladeira Iaiá, minha preta, morreu de bobeira
Dei um pulo na cidade... Iaiá, minha preta se sei, não iria Só vi pilantragem, só vi covardia nem sei como pode alguém lá viver Quando vi o salário que o pobre operário sustenta a família Fiquei assustado, Iaiá minha filha montei no cavalo e voltei pra você
Dei um pulo na macumba saber da quizumba, bolei na demanda Cantei pra Calunga, baixei a muamba saravei a banda, meu corpo fechei Iaiá, eu fiz tudo certinho deitei para o santo... raspei, catulei Me deixa de lado, cão escomungado tô abençoado, estou dentro da lei Oh, Iaiá! Iaiá... minha preta não sabe o que eu sei O que vi nos lugares onde andei Quando eu contar Iaiá, você vai se pasmar |
Quando eu contar Iaiá, você vai se pasmar | Quando eu contar Iaiá, você vai se pasmar
Compositores: Aluizio Machado, Beto Sem Braço, Serginho Meriti, Zeca Pagodinho