Zebeto Corrêa

O Sal

Zebeto Corrêa


Rio de tanto chorar
Lágrimas são o sal que há
Caem bem no mar
Realçam o doce da lagoa

Quando a alma quer sangrar
Deixo extravasar
Vazo, por considerar
Que sufocar a dor demais, magoa

Entre um mar maré de azar
E aquela ventania boa
Movo o remo no vagar
Conduzo minha canoa

O rio que em mim aldeia
Norteia todo sentimento
O pranto que se esvai na areia
Lava todo o eu por dentro!

Uma calmaria de amargar
Me impede o barco de zarpar
Qualquer brisa pode ajudar
Se der de açular a proa

Só o tempo que virá
É quem me dirá
Se o tempo de rir o chorar
Sem saber será
Pranto perdido à toa

Ou se valeu a pena
Esse rio de penas
A extravasar nas cheias
A aldeia de pessoa

O rio que em mim aldeia
Norteia todo sentimento
O pranto que se esvai na areia
Lava todo o eu por dentro!

Composição: Zebeto Corrêa e Paulinho Andrade

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