Zebeto Corrêa
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Cantiga de meninar

Zebeto Corrêa


Quando a gente era miudinho
O mundo gigante
Moinho
Girava em pás, passarinho
De rodas de amarelinha

Aí, entre berlindas
De barra-manteiga, pedrinhas
De boca-de-forno, queimadas
De pique-esconde, chicotes
De cabra-cega, raquetes
De bente-altas, abraços
De mãe-da-lua
A gente contava pra rua
Onde estava a margarida
Se essa rua fosse minha
Se você gostasse de mim

Agora que a gente é gigante
Somos escravos de Jó
O cravo brigou com a rosa
E caranguejo só é peixe
Lá no fundo da maré
Somos pobres, pobres, pobres
De marré, marré, marré
E Teresinha de Jesus
Em sete quedas foi ao chão
Tanto sangue derramado
Dentro do meu coração

Agora que o moinho é gigante
Guerreiros com outros guerreiros
Fazem zigue, zigue, zá
E o amor que tu me tinhas
Já mandaram ladrilhar

Seu eu pudesse ser miudinho
Menina
Eu voltava a te ninar

Composição: Zebeto Corrêa e Antonio Barreto

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