Zé Tapera e Teodoro

O Comprimido

Zé Tapera e Teodoro


No dia que eu me casei
Eu trago bem no sentido
Minha esposa muito linda
Dentro de um branco vestido

Nós casamos na igreja
A paróquia de São Guido
Sacristão puxava a corda
O sino dava batido

Quando saímos da igreja
Eu fiquei aborrecido
Minha mulher me falou
Baixinho no meu ouvido
Você passa na farmácia
E me compre os comprimidos

Fomos embora pra casa
Tava tudo prevenido
Os padrinhos e as madrinhas
Já nos tinha prometido

Um caminhão de bebida
Um bailão bem divertido
Dancei a valsa dos noivos
Como o meu benzinho querido

Quando terminou a valsa
O bolo foi repartido
O meu amor me chamou
Num cantinho escondido
Venha ver o que vou tomar
É o primeiro comprimido

Faz dez anos que eu casei
Muito já tenho sofrido
Pois ainda não nasceu
O filhinho prometido

Não vejo no meu varal
Os cueirinhos estendidos
O meu céu é sem estrela
Vivo muito aborrecido

O casal fica sem graça
Sem o filhinho querido
Só Deus sabe, minha gente
Quanto eu tenho sofrido
O culpado não sou eu
É o tal de comprimido

O casal de antigamente
Parece que era benzido
Enchia a casa de filho
O lar ficava florido

Meu pai criou doze filhos
Com o seu dever cumprido
Hoje em dia é diferente
Diz que o povo é mais sabido

Eu já falei com a patroa
Já estamos decidido
Vamos tirar o atraso
O nosso tempo perdido
Encher a casa de filhos
Joga fora o comprimido

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Composição: João Gonçalves e Teodoro

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