A Minha Criação

Zé Neto e Gabriel

  • 																					Mulher virando homem, homem virando mulher
    Que diabo de mundo é esse?
    No meu mundo caipira isso não se existia, na cidade é diferente
    Com a minha criação aprendi o que é certo e não aceito o errado
    Fale de mim o que bem quer, homem que come pardo pra mim também é viado

    Não, não, não aceito mesmo não
    Não é que é preconceito, foi a minha criação
    Aprendi o que é certo e o errado eu desconheço
    Foi assim que eu fui criado e ninguém vai mudar meu jeito

    Com os meus dezoito anos entrei numa faculdade,
    pois tinha que estudar
    Mulherada dava em cima só porque eu sou caipira,
    por mim foram se apaixonar
    Chegou em mim uma granfina,
    vestida de patricinha que só falava inglês
    Me disse i love you, logo mandei
    tomar no sul pois mal entendo português

    Não, não, não aceito mesmo não
    Não é que é preconceito, foi a minha criação
    Aprendi o que é certo e o errado eu desconheço
    Foi assim que eu fui criado e ninguém vai mudar meu jeito

    A quinze dias atrás inventei de ir
    pescar pra refrescar minha cabeça
    Lá eu vi dois homens juntos, se abraçando,
    se beijando, mas que falta de decência
    Pegaram do meu cigarro, me chamaram
    de gatinho, logo virou confusão
    Oito chute, sete socos, soma sete
    com mais oito e é quinze dias na prisão

    Não, não, não aceito mesmo não
    Não é que é preconceito, foi a minha criação
    Aprendi o que é certo e o errado eu desconheço
    Foi assim que eu fui criado e ninguém vai mudar meu jeito

    Contribuição: leandrostz

Letra enviada por leandrostz

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