Caminhão de Pinga

Zé Mulato & Cassiano

  • 																					Seu Otacílio Machado com seu caminhão gigante
    Foi fazer uma viagem de Uberaba a Bandeirantes
    Era um caminhão de pinga para um forte comerciante
    Resolveu sair de noite que a viagem era distante

    O céu estava nublado tinha chovido bastante
    Relampeava e trovejava, ele firmou no volante
    Deu uma chuva muito forte, mas parou em um instante
    Estrelas no céu brilhavam como pedras de diamante

    Trinta pipotes de pinga e a carga estava pesada
    Já tinha cortado o chão e a noite era avançada
    O caminhão encalhou no lugar de uma baixada
    Viu que não saía mesmo resolveu pousar na estrada

    Bem antes do amanhecer quatro homens com enxada
    Iam indo pra lavoura por ali de madrugada
    Chegaram e cumprimentaram e fizeram uma parada
    Todos alegres e contentes, mostraram ser camarada

    Os homens se ofereceram, podemos dar uma mão
    Seu Otacílio aceitou porque era precisão
    No prazo de meia hora desencalhou o caminhão
    Seu Otacílio Machado cheio de satisfação

    Bateu a mão na carteira pra dar gratificação
    Não aceitaram e disseram, vá em frente meu irmão
    Então vou lhes dar uma pinga, dê-me aqui seu garrafão
    Encheu um garrafão de pinga e ainda tomaram um canecão

    Cada um deles beberam um canecão reforçado
    Acabaram de beber já sentiram atordoados
    Saíram cambaleando, cada qual caiu de um lado
    Ali mesmo eles morreram todos quatro envenenados

    O pobre do Otacílio foi chamar o delegado
    Abriram aquele pipote e ficaram abismados
    Um enorme urutu no fundo estava enrolado
    Mais de ano que esse bicho ali foi depositado

    (Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Compositor: Zita Carreiro

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