• 																					Minha viola é apropriada
    Só pra cantar poesia
    Mas quando se faz necessário
    Ela protesta e denuncia
    Eu quero falar agora
    De algumas anomalias
    Que a lei do nosso Brasil
    Erra e peca todo dia
    A verdade não se nega
    Justiça pode ser cega
    Mas tem tato a reviria

    Assuntem bem os senhores
    Notícias do dia a dia
    Que a polícia instituída
    Para a nossa garantia
    Tem a tal de banda podre
    Praticando vilania
    O que falo não se trata
    De nenhuma rebeldia
    Mas a coisa tá de um jeito
    Que até juiz de direito
    Se vende por mixaria

    Na capital do Brasil
    Onde a lei inicia
    Um grupinho de rapaz
    Só porque se divertia
    Colocou fogo num índio
    Enquanto ele dormia
    Pobre Galdino morreu
    Na mais cruel agonia
    Não perdeu a liberdade
    Tem homem sério nas grades
    Por matar uma cutia

    A Polícia Florestal
    Pra mostrar soberania
    Prendeu um velho caboclo
    Cujo crime consistia
    Em tirar casca de pau
    Pros remédios que fazia
    Para cuidar de si mesmo
    E curar sua família
    No entanto as grandes represas
    Matam bilhões, com certeza
    De árvores, quanta ironia

    De entrar em completo caos
    Nós já estamos em via
    Já não tem nenhum valor
    A tal de cidadania
    O pobre trabalhador
    Pra manter a vida em dia
    Mora mal e passa fome
    Coisas da democracia
    E o bandidão na cadeia
    Faz birra e sapateia
    Exigindo mordomia

    Sempre preguei otimismo
    Não gosto de covardia
    Mas estou perdendo a esperança
    Do Brasil pegar a trilha

Compositor: Zé Mulato

Letra enviada por

Encontrou algum erro na letra? Por favor, envie uma correção >

ÚLTIMAS

ESTAÇÕES

ARTISTAS RELACIONADOS