• 																					Toda vez que eu faço moda, a passarada gorjeia 
    Até as aves noturnas cantam mais pra lua cheia
    E a lua agradecida muita mais ainda clareia
    Minha viola afinada canta igual a uma sereia
    E o meu sertão vai sorrindo enquanto a gente ponteia

    Faço parte desse quadro que a sorte me presenteia
    Sou filho da natureza mas me sinto um grão de areia
    Diante de tanta beleza a minha mente vagueia
    Por que será que ainda existe gente que odeia
    Sabendo que neste mundo só se colhe o que semeia

    Quem nega que Deus existe é cego e se desnorteia
    Eu sinto a sua presença em tudo que me rodeia
    No bramido da cascata ao zumbido das abéia
    No ribeirão de água limpa que no vale serpenteia
    Até no A positivo que corre nas minhas veias

    Lá fora a luz do luar no rancho luz de candeia
    A orquestra da natureza vem tocar na minha aldeia
    Urutau canta na mínima e o caburé na colcheia
    Sei que Deus é sertanejo e a minha fé não bambeia
    Glória ao pai do meu sertão na cidade a coisa é feia.

Compositor: Zé Mulato

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