Estou querendo encerrar minha carreira Nas mãos de Deus entreguei a covardia Ainda tenho muito som, muita viola Na minha roça tá chovendo todo dia
A minha estrada ninguém vai encher de espinhos Do meu telhado ninguém vai quebrar uma telha Do meu café ninguém vai botar veneno Minha farofa ninguém vai encher de areia
A minha amada ninguém tira dos meus braços Na minha casa gavião nenhum rodeia E no eu céu ninguém vai tirar uma estrela Da minha noite ninguém tira a lua cheia
Estou querendo encerrar minha carreira Nas mãos de Deus entreguei a covardia Ainda tenho muito som, muita viola Na minha roça tá chovendo todo dia
Estão querendo derrubar o cantador Meu santo é forte, não estou fazendo conta Do meu arreio ninguém corta a barbiqueira O meu cavalo ninguém vai tirar da ponta
A minha cama ninguém vai encher de prego A minha rede ninguém vai jogar no chão E nos meus olhos ninguém vai jogar pimenta Quem vai com Deus coisa ruim não põe a mão
Composição: Lourival dos Santos, Tião Carreiro, Samuel dos Santos