Esta terra,a língua há de comer mas falo a verdade plena,de olhos fechados e venda que é pra não se corromper
Acauã,ave agourenta do sertão acauã,por que insiste em cantar naquele tom de mau presságio,de coisa má
e as estrelas que enfeitam aquele céu tem o papel de atenuar o teu canto,acauã
se nas estradas em que eu ando,há luzes se nas estradas em que eu ando,há cruzes,estou no sertão encontro padres dando sermão,um pouco de reza,um pouco de pão
e fez-se a luz,fez-se a luz,clara,abstrata e que seduz fez-se também a escurião,que é a ausência de esperânça naquele povo em franca decadência moral,e em formação
no apogeu a insanidede humana,um homem me falou do amor disse que o Homem de braços abertos lhe confidenciou a sete chaves os mistérios,e os mistérios da dor
falou a vida e da morte,da desventura e da sorte da vida que chega sangrando,maquetes de Homens brotando e o ciclo se renovando,acauã