Zé Fortuna & Pitangueira

Selo de Sangue

Zé Fortuna & Pitangueira


Lá do campo de batalha o pracinha escrevia
Pra sua noiva contando a saudade que sentia
Como era examinada todas as cartas que saía
Mandava boas notícias, a verdade não dizia

Um dia chegou uma carta, estava escrito, Lourdinha
Eu estou bem de saúde e quando ler estas linhas
Por não ter outro presente, junto com esta cartinha
Tire o selo desta carta e guarde por lembrança minha

Tirou o selo e por baixo com sangue viu assinado
Estou sem as duas pernas num hospital internado
Lourdinha foi na capela rezar pro seu bem amado
Pra que Deus mandasse ele mesmo que fosse aleijado

E quando a segunda carta a Lourdinha recebeu
Tirou o selo depressa, com espanto percebeu
Embaixo não tinha nada, rasgou o envelope e leu
Que num hospital de guerra o seu amado morreu

Lourdinha ficou doente, pouco tempo mais durou
Dois selos tão pequenino destruiu tão grande amor
O primeiro trouxe o sangue com que seu noivo assinou
E o derradeiro envelope foi a morte quem selou

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Composição: José Fortuna e Pitangueira

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