Zé Carreiro e Carreirinho

O Filho da Cigana

Zé Carreiro e Carreirinho


No casarão da fazenda
Morava ali meu avô
Ele sempre me contava
Uma história que se passou

Com a filha de um fazendeiro
Que o povo se admirou
Uma tarde na fazenda
Uma cigana chegou

Leu a sorte da menina
E desse jeito falou
Garota não se assuste
Com a sina que Deus mandou, ai

A cigana foi contando
O que na sorte encontrou
Você vai casar um dia
Vai ter um choque de dor

Vai ser mãe de um filho cego
Mas procure um curador
O fazendeiro nervoso
Revoltado ele ficou

Foi batendo na cigana
De uma janela jogou
Ela morreu no momento
Com a queda que levou, ai

Doze anos se passaram
E a menina se casou
Deu a luz a um garotinho
Como a cigana falou

Gastaram muito dinheiro
Mas nenhum doutor curou
Num lindo cavalo preto
Um rapaz ali chegou

Falou pra mãe da criança
Acredite, por favor
Eu vim curar seu filhinho
Que alguém aqui me mandou, ai

Depois do trabalho feito
O garotinho enxergou, ai
Foi tão grande a emoção
Que a vizinhança chorou, ai

O fazendeiro chorando
Pro moço ele perguntou
Quem é você moço estranho?
Quem foi que aqui te mandou?

O moço lhe respondeu
Já vai saber quem eu sou
Em sonho vi minha mãe
E ela me ordenou

Pra vir curar o seu neto
Por isso que aqui estou
Eu sou filho da cigana
Que o senhor mesmo matou, ai

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Composição: Carreirinho e Luiz Cigano

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