(Dá licença pro Xirù Missioneiro tô chegando loco por vaneira, tchê)
Quando me preparo pra mexer os cambito Embalo solito bombeado coento Esperando o baile minha alma campeira Fareja vaneira e se manda na frente Aqui na campanha é sempre uma luta Nessa vida bruta tem de tudo um pouco Mas se me dá uma vaza me vou pra zueira E se tem vaneira esparramo os troco
Eu sou fandangueiro loco por vaneira E levanto poeira firme no compasso Pois é no surungo que ajeito o namoro Sacudindo o couro do som do gaitaço
(E eu nem proseio com a prenda só pra não decolar o rosto, tchê)
Quando escuto as marca que o gaiteiro espicha A sola comicha coçando o garrão Pra dançar vaneira não faço fridura Aperto a cintura e me vou no garrão Pouco me interessa se tem cara feia Não sou de peleia pra fazer meu nome Eu gosto é de festa não sou bochincheiro Mas no meu terreiro carancho não come
Eu sou fandangueiro loco por vaneira E levanto poeira firme no compasso Pois é no surungo que ajeito o namoro Sacudindo o couro do som do gaitaço
A mais dançadeira de mim já se adona E o som da cordeona me tira do sério Mas é só namoro não tem casamento Porque ajustamento não é pra gaudério Livre de cambicho eu sigo troteando Pra viver bailando pela vida inteira Não meço distância seja longe ou perto Tendo baile é certo que eu tô na vaneira
Eu sou fandangueiro loco por vaneira E levanto poeira firme no compasso Pois é no surungo que ajeito o namoro Sacudindo o couro do som do gaitaço
(Pra todos os fandangueiro vai um abração do Xirù Missioneiro e o meu quarteto Chão Colorado)