Xangai
Página inicial > X > Xangai > O Bolero de Isabel

O Bolero de Isabel

Xangai


É um nó dado por São Pedro
Desarrochado por São Cosme e Damião
É u'a paixão, é a sensação de um repente
Igual ao quente do miolo do vulcão

Quer ver o bom, é o aguado quando leva açúcar
É ter a cuca açucarada num beijo roubado
É o pecado confessado ao Mestre Sereno
Levar sereno num terreiro bem enluarado
É o pinicado do chuvisco no chão pinicando
Ficar bestando c'um inverno bem arrelampado
É o recado da cabocla um beijo mandando
Tá namorando a cabocla do recado.

Quer ver desejo, é o desejo tando desejando
E a lua olhando este amor na brecha do telhado
É o rodeado do peru peruando a perua
É a canarinha galeguinha cantando o canário
Zé do Rosário bolerando com Dona Isabel
Dona Isabel bolerando com Zé do Rosário
Imaginário de paixão voraz e proibida
Escapulida, proibida pro imaginário


Quer ver cenário é o vermelho da auroridade
É a claridade amarelada do amanhecer
É ver correr o aguaceiro pelo rio abaixo
É ver o cacho de banana amadurecer
Anoitecer vendo o gelo do branco da lua
E a pele nua com a lua a resplandecer
É ver nascer o desejo com a invernia
E a harmonia que o inverno fez nascer

Composição: Jessier Quirino

Encontrou algum erro na letra? Por favor, envie uma correção >

Compartilhe
esta música

Ouça estações relacionadas a Xangai no Vagalume.FM

Mais tocadas de Xangai

ESTAÇÕES
ARTISTAS RELACIONADOS