Wilson das Neves
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Mestre Marçal

Wilson das Neves

Performance: O Som Sagrado de Wilson das Neves


Se alguém me bancar eu sei me vestir
Só me falta roupa, Iaiá, só me falta roupa.

Aí, gente. Era assim que o Mestre Marçal falava, olha aí:

Vou comendo mingau pela beira do prato
Enquanto no meio ele esfria.
Vai procurar o teu bloco, das negas do tronco.
Alo Bateria
Moro em cima do sapato
Vou levando o corpo do jeito que posso.
Tás me entendendo compadre
Se a onça morrer o mato é nosso.

Se alguém me bancar...

Mas eu sei que nós estamos juntos,
Porem, não estamos, meu bem, misturados.
Quero que pegue fogo no mato
Vou comer peixe frito e tu peixe assado.
Eu vou pro tubo de ensaio,
Que Deus me defenda das coisas modernas.
Pois quem morre, meu bem, de favor
Não tem o direito de esticar as pernas.

Se alguém me bancar...

Trata de ti não me venha
Que tu desengomas
e diz que eu não mudo.
Eu nasci sem saber nada
e também vou morrer
sem aprender tudo.
E se a morte é um descanso,
Meu bem, eu prefiro viver é cansado.
Quero mais é que o mundo
se acabe em barranco
que é para eu morrer escorado.

Se alguém me bancar...

Tudo bem, justamente legal
Mas não tem bem me dói
Não me faça pedido
Tas vendo aí, tu não sabes,
Com quem vais dançar no salão tas perdido.
Tu não me chamas pra festa
É só para enterro, meu bem,
Que me chamas.
O corcunda sabe como deita
Pois é ele que dorme no canto da cama.

Composição: Zé Trambique, Wilson das Neves e Paulo César Pinheiro

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