Cobertura do prédio mais alto da cidade Onde convivem os sofridos e os cheios de sorte Ambos com uma força interna então desconhecida Até que sua única saída é ser forte Um semblante sereno, pra enganar o porteiro Seu josualdo, do jovem léo, era camarada Tormento na mente que mentiu solenemente, pensamentos Campo minado cheio de granada Sopra o vento no rosto Na boca um amargo gosto Do outro lado da cidade jovens pobres vivem o oposto Um pai frentista de posto, aos filhos não dá desgosto Um professor de português, vejam vocês só vocativo e aposto Que o dilúvio venha Que o justo se corrompa Casa, comida, roupa, sim Só não espere dele o que o dinheiro não compra
E assim foi Do feto ao fato sob um teto ausente de afeto Fotos iludem aqueles que não estão por perto
E léo lembrava delas, posts Do pai no instagram Abraço e atenção sempre ficando pro amanhã
Fechou os olhos por um minuto, quis que fosse pra sempre Feliz o ser humano que erra e com seu erro aprende Sentimentalmente cego, amarantos ex-my love Amor de papelão, na tag, 1, 99 Léo subiu no assento, decisivo momento Sua vida cada vez mais se aproximava do final Chorando tombou o corpo de volta pro edifício Graças a Deus uma família a menos vai chorar um suicídio
Até quando errar e sofrer, errar e sofrer? Dessa vez acabou tudo bem... o Léo vai voltar pra casa