Will do Rap
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De Papelão

Will do Rap

Domador de Orelhas


Cobertura do prédio mais alto da cidade
Onde convivem os sofridos e os cheios de sorte
Ambos com uma força interna então desconhecida
Até que sua única saída é ser forte
Um semblante sereno, pra enganar o porteiro
Seu josualdo, do jovem léo, era camarada
Tormento na mente que mentiu solenemente, pensamentos
Campo minado cheio de granada
Sopra o vento no rosto
Na boca um amargo gosto
Do outro lado da cidade jovens pobres vivem o oposto
Um pai frentista de posto, aos filhos não dá desgosto
Um professor de português, vejam vocês
só vocativo e aposto
Que o dilúvio venha
Que o justo se corrompa
Casa, comida, roupa, sim
Só não espere dele o que o dinheiro não compra

E assim foi
Do feto ao fato sob um teto ausente de afeto
Fotos iludem aqueles que não estão por perto

E léo lembrava delas, posts
Do pai no instagram
Abraço e atenção sempre ficando pro amanhã

Fechou os olhos por um minuto, quis que fosse pra sempre
Feliz o ser humano que erra e com seu erro aprende
Sentimentalmente cego, amarantos ex-my love
Amor de papelão, na tag, 1, 99
Léo subiu no assento, decisivo momento
Sua vida cada vez mais se aproximava do final
Chorando tombou o corpo de volta pro edifício
Graças a Deus uma família a menos vai chorar um suicídio

Até quando errar e sofrer, errar e sofrer?
Dessa vez acabou tudo bem... o Léo vai voltar pra casa

Composição: Will

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