Walther Bernardinno
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A Má Criação

Walther Bernardinno


Eu tava sozinho quieto no meu canto
Quando um menina me tomou a mão
Toda iluminada e cheia de graça
Me falou que era da tripulação

Que chegou um dia lá da patagônia
Espalhando encantos pela região
Ensinando coisas muito avançadas
Tecnologias feito ficção

Me falou de mundos muito além do nosso
E eu fiquei pasmado numa alusão
Que lá na medicina ninguém mais morria
E viajar no tempo só de precisão

Saí do roçado por alguns instantes
E ao subir a bordo fiz uma oração
Num piscar de olhos aquela menina
Fez a minha vida ter outra razão

Sou um violeiro um aventureiro
Não sou cangaceiro mas sou capitão
Homem destemido muito devotado
Mas fiquei tomado diante da visão

Foi uma viagem muito diferente
De repente o sol mudou de posição
Mais de quatro luza eu contei nos dedos
Tantos edifícios acima do chão

O povo trajava uma fantasia
Parecendo anjos numa comunhão
Eu fiquei matuto em cidade estranha
Aprendendo além da imaginação

Fui abduzido como experiência
Aprendi tocar viola sem usar as mãos
E fui transformado em mim completamente
Me fizeram o criador e não a criação

Vou contar agora tudo direitinho
Olhe, seu doutor, não se espante não
Fui largado aqui sozinho nesse mundo
Vou me apresentar pois eu me chamo atlan

Não me agradou a terra como era
Resolvi então mudar a rotação
Removi os gazes achatei os polos
Dei ao organismo outra composição

Inseri nos mares a salinidade
Agitei os ventos calei os vulcões
Derramei as chuvas pelos continentes
Alinhei a lua em revolução

Dei a cada coisa um nome diferente
E a cada raça uma coloração
Para cada clima o seu reagente
Para cada ser a sua adequação

E hoje eu estava quieto no meu canto
Quando outra menina veio me dar a mão
Me dizendo: pai é hora do descanso
Vê se largo um pouco esse violão

Vem comer um prato da tua comida
Vem provar também da tua criação
Antes que os teus filhos que devoram tudo
Queiram devorar também teu coração

Por isso, seu moço, pense direitinho
Quando um pessoa for lhe dar a mão
Saiba caminhar na vida o seu caminho
Pra não dar espinhos como gratidão

E quando se encontrar no limiar da glória
Saiba ser humilde para seus irmãos
Faça bom proveito dessa minha história
Que alguma coisa sirva de lição

Eu tava sozinho quieto no meu canto
Quando uma menina

Lê! cun dê ridê! idá cundê idara
Lê cun dê ridê idá cundê ridão

Composição: Jose walter bernardino da rocha

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