Depois, quando as forças deram para andar, desci ao largo. Depois, tomei os caminhos Que havia e mais outros que Depois desses eu sabia
E tanto já me afastei Dos caminhos que fizeram, Que de vós todos perdido vou descobrindo esses outros Caminhos que só eu sei.
Veio o guarda com a lei No carro das carabinas.
Cercaram-me num montado; puseram joelho em terra; gritaram que me rendesse à lei dos caminhos feitos. Mas eu olhei-os de longe, tão distante e tão de longe, o rosto apenas virado, que só vi em meu redor dez pobres ajoelhados perante mim, seu senhor.
Gente chego às janelas, saíram homens à rua: - as mães chamaram os filhos, bateram portas fechadas! E eu, o desconhecido, o vagabundo rasgado entre o largo da vila enter dez guardas armados; - mais temido e mais armado que o deus a que todos rezam.
- Que nunca mulher alguma se rendeu mais a um homem que a moça do rosto claro ao cruzar os olhos pretos com o meu olhar de rei!
...E vendo que eu lhes fugia assim de altiva maneira à sua lei decorada, lá, longe do sol e da vida, no fundo duma cadeia, cheios de raiva me bateram.
Inanimado, tombei por fim a um canto.
E enquanto eles redobravam sobre o meu corpo tombado, adormecido eu descansava de tão longa caminhada!...