EXTINÇÃO ABUNDANTE FARTURA, MUITO POUCO QUEM FATURA MUITO POUCO VIVE NO MONTE AOS MONTES NO MORRO MORRE-NÃO-MORRE FICA OU CORRE? EU CORRO!/SOCORRO! Corro do socorro, faço minha correria Mato a grito cachorro e um leão por dia A fauna financeira corre risco de extinção Ecologia desequilibrada no bolso do cidadão Cueca de empresário, pasta de pastor O financeiro em cativeiro não é reprodutor Monopólio monetário, título: doutor Não traz mais amor nenhum beija-flor Só o melzinho é o que ele suga Chega de mansinho igual tartaruga Há 500 anos sempre em fuga Tanto tempo no cargo, já criou ruga A carapuça cai como luva A carapaça vai sempre dura Na leveza e graça de uma garça Percebe-se que nada vem de graça Quanto mais batalha a recompensa é mais rara É pra virar fera, pra ficar uma arara Trabalho noite e dia e ainda faço bico Pra ganhar 20 conto às vezes pago mico Mas se for pra encher a pança Aí eu sou até amigo da onça Tenho que dar conta quando chego em casa Para alimentar cinco bocas Quando o apurado é só uma piaba Tenho que transformá-la em garoupa E se vacilar? O jacaré abraça Aí você fica de toca EXTINÇÃO ABUNDANTE FARTURA, MUITO POUCO QUEM FATURA MUITO POUCO VIVE NO MONTE AOS MONTES NO MORRO MORRE-NÃO-MORRE FICA OU CORRE? EU CORRO!/SOCORRO! Corro do socorro, faço minha correria Pra poder botar na mesa o feijão nosso de cada dia Assando e comendo, comendo o que me sobra Leite de pedra, pau pra toda obra Moro aglomerado num moquiço do cortiço Casa de pombo, de rato e outros bichos Trabalho num zoológico: na portaria do edifício Bichos exóticos, peruas e suínos Controlo a entrada e a saída E também o horário de visita Meio dia, entrega da comida Lavagem para os porcos, pros abutres a carniça Pras hienas de botox, sempre sorridentes Caras esticadas a mostrar os dentes Contentes com os restos da lavagem Lavagem financeira que garante a imagem Um dia decidi não ser mais cúmplice de tudo Decidi falar e não ficar mudo Voz pronunciada, voz de assalto O preço que paguei foi um tanto alto Aquele dinheiro espalhado pelo chão Não caiu do céu, caiu da minha mão Dinheiro sujo, sujo de sangue Espécies se extinguem, outras se expandem EXTINÇÃO ABUNDANTE FARTURA, MUITO POUCO QUEM FATURA MUITO POUCO VIVE NO MONTE AOS MONTES NO MORRO MORRE-NÃO-MORRE FICA OU CORRE? EU CORRO!/SOCORRO! Na cadeia alimentar É assim que funciona O mais alto patamar Permite que se coma Manter-se em nível inferior É certeza de tornar-se vítima do predador Lei da natureza, da natureza humana O globo cada vez mais aquece Então vê se não esquece É quente, não desanda A minha parte eu quero em espécie EXTINÇÃO ABUNDANTE FARTURA, MUITO POUCO QUEM FATURA MUITO POUCO VIVE NO MONTE AOS MONTES NO MORRO MORRE-NÃO-MORRE FICA OU CORRE? EU CORRO!/SOCORRO! Na cadeia alimentar há Uma reação em cadeia elementar