Eu te amei, de uma forma tamanha, estranha Ah! como eu te amei E me entreguei Anulei minha vida pra viver a sua E você não quis Me disse adeus qual a noite com os seus mistérios Levou, levou os sonhos meus De amor chorei, chorei, como eu chorei Não tenho nervos de aço Sou feito de carne e osso Apesar desse fracasso Me sinto leve e solto Pra ir em busca de você Feito uma nave no espaço Num pedacinho de nuvem Pra remontar meus pedaços
De amor chorei, chorei, como eu chorei De amor chorei, chorei, como eu chorei
Ai que vontade de ouvir de novo moda sertaneja Que hoje não se faz Parece até que a sensibilidade Ficou na saudade não existe mais
Me dói saber que alguns artistas Que alcançaram sucesso na vida Usaram tanto o sertão como história E hoje da memória ficou esquecida
Ai que vontade de ouvir agora O som da viola num pagode bom Lindas guarânias que a gente arrepia No som na magia do acordeon
Cadê o tal cantador de verdade Com simplicidade, alma e coração Apaixonado pela natureza Cantava as belezas deste meu sertão
Quanta saudade da terra tombada Do fogão de lenha e o cafezal em flor E o cantar triste da Siriema Que já foi o tema de canções de amor
Até a linda colcha de retalhos Serviu de agasalho já não se lembram mais A mãe de leite divino presente Hoje ninguém sente a falta que ela faz
Ai que vontade de ouvir agora O som da viola num pagode bom Lindas guarânias que a gente arrepia No som na magia do acordeon
Já não se lembra o velho candeeiro Que foi o primeiro rei do estradão Eu agradeço o progresso que vejo Mas o sertanejo ainda é sertão Eu agradeço o progresso que vejo Mas o sertanejo ainda é sertão
Composição: Campanário / Carlos Randall / José Rico / Roberta Miranda