Na linha araraquarense Na zona que eu fui nascido Cidade de Tanabí Ai, do povo eu sou conhecido
Em boa repartição Sempre fui bem escolhido Sempre cantando de viola Muitos prazer tenho tido Sempre recebo convite Boas festas eu tenho ido
Todo o mundo faz questão Que eu não farto nas função Onde canta os dois irmão O salão tá garantido
No estado de São Paulo Este chão tenho corrido Sempre cantando de viola Cada vez mais influído
Inda mais que hoje em dia Que o causo pegou invertido Pra tirá na nossa zona Sai quase sempre seguido Famia dos Bernardino É um povo adivertido
Pra fazê cateretê Eu falo e posso escrevê E mió não pode havê Isto é fato descutido
Pra cantar e fazer moda Eles tem me protegido E moda eu faço mesmo Pra isso eu sou sabido
Faço moda de campeão Eu ponho verso atrevido Faço moda de amor Dos verso todos doído Faço moda que machuca Certos coração fingido
Dou surra nos campeonato Nem que tem fama e boato Coitado desses mulato Comigo se vê perdido
Este é o derradeiro verso Meu senhor preste o sentido Não dou valor em campeão Ai que canta com o som ardido
Também é um grande defeito Cantar com o som espremido Argum canta só por cima Com toque desenxavido Outro canta só por baixo E faz um baixão tão comprido
Onde canta os dois irmão O povo tem satisfação Tenho o peito campeão Do salão saí fugido