Victor Camilo

Ganda

Victor Camilo


Nosso nome se dissolveu
Se anulou, mudou, se perdeu
Mas não se apagou nenhuma pegada

Rastro preto de som e voz
Vence o vento, mesmo que atroz
Cada canto tece o chão da estrada

Tento me recordar
De onde veio o que me faz
E o papel esconde o passado

Não posso ler ou tocar
O que o meu sangue traz
Penso que não houve alguém para escrever

Eu ouço histórias no ar
Sobre o que já está para trás
Mas há pouco que ficou gravado

Não ter tronco ou raiz
É como não ter permissão para ser

Nosso nome se dissolveu
Se anulou, mudou, se perdeu
Mas não se apagou nenhuma pegada

Rastro preto de som e voz
Vence o vento, mesmo que atroz
Cada canto tece o chão da estrada

Mesmo sem clarear
Vou à rua e toco o chão
E nos grãos de terra e asfalto

Eu reconheço o pisar
E o modelar das mãos
De quem tudo ergue, sem se dizer

Eu ouço vozes no ar
De discurso e de canção
Fios da história que se cantam alto

Olhos sem sua matriz
Que moldam tudo o que há para se ver

Nem o apagar da memória
Vai nos tirar da História
Nem o rasgar da memória
Vai dos tirar da História
Nem o queimar da memória
Vai nos tirar da História

Nosso nome se dissolveu
Se anulou, mudou, se perdeu
Mas não se apagou nenhuma pegada

Rastro preto de som e voz
Vence o vento, mesmo que atroz
Cada canto tece o chão da estrada

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