Na Itália pequenina ninguém pode morar A própria vida ensina a viver noutro lugar O pão de cada dia ali já não está Então, adeus Itália Adeus vou viajar Adeus, minha família Dinheiro vou ganhar Jamais serei feliz Pois não sei se vou voltar Uê paisano Uê paisano Uê, uê, uê paisano Uê, uê, uê paisano Paisano você me compreenderá
Se em torno deste mundo Encontrar um italiano Cumprimente o conterrâneo Ele alegre lhe dirá Uê paisano Uê paisano Uê, uê, uê paisano Uê, uê, uê paisano Uê paisano como estás Uê paisano como estás
Querida mamãezinha Escreve-se a chorar Aqui estou muito bem Querendo retornar Responda-me depressa Você como é que vai E mande-me noticias Do meu velho papai Depois de um triste dia A resposta chegará Dizendo que a mamãe Nunca mais responderá
Se não for um piemontês Um amargo genovês De Veneto ou giuliano Friulentino ou Emiliano Talvez seja um montoscano Talvez unbro paesano Dal abruzzo da materna Da bendita Roma eterna Ou então napolitano Calabrês, siciliano Zabalés ou bolonhês Não importa é italiano E se é italiano É quanto basta pra abraçar Se encontrares teu irmão Neste mundo que é sem fim Sem nenhuma distinção Dá-lhe a mão e diz assim Uê paisano Uê paisano Uê, uê, uê paisano Uê, uê, uê paisano Uê paisano como estás Uê paisano como estás
Composição: Nicola Paone, Versão de Haroldo Barbosa