Vicente Celestino

Lágrimas de Cego

Vicente Celestino


Oh Deus, essência de bondade
Sem claridade nos dias eu me vejo
Nublaste a vista dos meus olhos
E entre os escolhos atiraste os meus desejos
E quando harpejo a lira chora
Plangente eternecida
Enegrido está meu coração
Minha alma que vive em agonia
Junto de Santa Luzia vai buscar consolação

A lágrima de dor que é vertida
Por quem não tem o dom sublime de enxergar
É triste, pungente tão dorida
Se na retina tende-se a cristalizar
E o cego constrangido a transforma
Numa dolente e tristíssima canção
Chorando o penoso desalento
Que lhe fere e amargura o coração

Oh Deus, chorando eu vos imploro
O dom excelso e extasiante de enxergar
Quisera ver romper a aurora
Sem ser preciso o rouxinol, com seu cantar
Vir me avisar que já é dia
Pois vejam que agonia
Vivo triste privado da visão
Senhor, meu sofrer é tão horrível
Nem mesmo Santa Luzia
Consolou meu coração

Composição: Miguel Lima de Mattos

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