Vicente Celestino

Flor do Mal

Vicente Celestino


Flor do mal


Oh, eu recordo-me ainda, deste fatal dia
É, disseste-me, Arminda, indiferente e fria.
- És o meu romance enfim, Senhor , basta
- Esquece-te de mim, amor

Por que? Não procuras indagar, a causa ou a razão?
Por que? Eu não te posso amar? Não indagues não,
Será fácil de esquecer. Prometa, minha flor,
Não mais ouvir falar de amor.

Amor, hipócrita fingido coração
De granito ou de gelo, maldição
Oh! Espírito satânico, perverso, titânico chacal
Do mal, num lodaçal imerso

Sofrer, quanto tenho sofrido, sem ter a consolação
O Cristo também foi traído
Por que? Não posso ser então, não

Que importa, o sofrer ferino
Das coisas é ordem natural, seguirei o meu destino,
Chamar-te, eternamente, Flor do Mal.


Por Nelson de Campos

Composição: Domingos Correia E Santos Coelho

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