Magrão de condução
Vou contar de um tipo estranho
que conheci na cidade
Levei um baita "cagaço"
quando vi barbaridade
Escutando aquela azoeira
vindo em minha direção
Fiquei surdo das "oreia"
com aquele barulhão
Eta! vanerão gozado
que não se entendia nada
É cruza de bate estaca
com um índio afiando a faca
O carro é diferente
e tem os "vidro" fumacento
Não pode ser muito certo
quem passa o dia lá dentro
E vão pra lá e vêm pra cá
pra cima e pra baixo
eles só pensam em passear
E dobram aqui e dobram ali
queria saber quem são
os "pai" desses "guri"
O carro anda no "cêpo"
com o soalho lambendo o chão
A frente sempre pulando
igual trote de redomão
Os "banco" bem atirados
pra fazer algum charminho
Quem "obeserva" de fora
só dá pra "enxergá" os "zoinho"
As "roda" desbitolada
e os "peneu" quase não tem
Fumando palheiro curto
desses que não fazem bem
Os "guidom" de meio palmo
e o motor sempre zunindo
Cada vez que eles apeiam
acionam um lote de pinto
Passam a semana troteando
não folgam segunda e terça
Com um boné de aba torcida
enterrado na cabeça
A noite só ligam os "pisca"
e dobram as esquinas botando
Não falta alguém que lhes grite
que os "home" tão atacando
Composição: Vantuir cáceresOuça estações relacionadas a Vantuir Cáceres no Vagalume.FM