Tião Carreiro & Paraíso

Mineirinho de Fibra

Tião Carreiro & Paraíso

Homem Até Debaixo D'Água


Um mineirinho de fibra
Neto de um velho escravo
Da pele bem bronzeada
Cor de canela com cravo

Criado no sertão bruto
No meio de bicho bravo
Dentro da sua razão
Ele gastava um milhão
Pra defender um centavo

Na sua cama de esteira
Sonhava com o tesouro
E se viu ganhar dinheiro
Mas sem levar desaforo

Com esperança e coragem
Chegou na terra do ouro
Onde a lei era o patrão
E quem lhe dissesse não
Ali deixava seu couro

Mas o mineiro de fibra
Com boato não se zanga
Na luta em busca do ouro
Ele arregaçou as manga

Encontrou uma fortuna
Sofrendo igual boi de canga
Foi receber seu quinhão
Mas encontrou seu patrão
Entre um bando de capanga

Como estava acostumado
Seu patrão falou assim
Tudo que sai dessa terra
Pertence somente a mim

Ou você volta sem nada
Ou vai encontrar seu fim
Mineirinho respondeu
Vou levar o que é meu
Foi pra isso que eu vim

Começou o jogo da morte
Aonde o ouro era a taça
Mas só se via capanga
Tombando entre a fumaça

Patrão deu a sua parte
Deixou de fazer trapaça
Não viveu mais na pobreza
Mas pra ter sua riqueza
Mineirinho mostrou raça

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Composição: Jesus Belmiro, Tião Carreiro e Lourival dos Santos

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