Tião Carreiro e Pardinho

Preto Velho

Tião Carreiro e Pardinho

Navalha na Carne


Perguntei ao preto velho
Porque chora meu herói?
Preto velho respondeu
É meu coração que dói
Eu já fui bom candeeiro
Fui carreiro e fui peão
Já derrubei muito mato
e já lavrei muito chão
Com carinho carreguei
Os filhos do meu patrão
Em troca do que eu fiz
só recebi ingratidão

Perguntei ao preto velho
Porque chora meu herói?
Preto velho respondeu
É meu coração que dói
Sempre chamei de senhor
Quem me tratou a chicote
Livrei meu patrão de cobra
Na hora de dar o bote
Eu sempre fui a Madeira
E o patrão foi o serrote
Sofri mais do que boi velho
Com a canga no cangote

Perguntei ao preto velho
Porque chora meu herói?
Preto velho respondeu
É meu coração que dói
Da terra tirei o ouro
Meu patrão fez seu anel
Mas agora estou velho
E meu patrão mais cruel
Está me mandando embora
Vou viver de deu em deu
O que me resta é esperar
A recompensa do céu

Composição: Jesus Belmiro/Tião Carreiro/Lourival Dos Santos

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