Tião Carreiro e Pardinho
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O Castigo Vem À Cavalo

Tião Carreiro e Pardinho


Lá nos confins do meu norte no chão da velha Bahia
Baiano de muita raça veio do nada e subia
Tinha casa na cidade e armazém e moradia
Fazenda com muito gado que de vista se perdia
Um baú com prata e ouro
Aumentava seu tesouro, sua fortuna crescia

Sofrendo do coração a morte lhe perseguia
Igual um bravo gigante da luta ele não corria
Quando saía de viagem sua esposa prevenia
Eu vou fazer um pedido se longe eu morrer um dia
Não me deixe em outro estado
Eu quero ser enterrado no chão da minha Bahia

Se você não me atender por maldade ou tirania
Você pagará com juro o preço da covardia
Porém em sua longa viagem o baiano não sabia
O calendário da morte estava marcando o seu dia
Ele morreu na batalha
Foi um herói sem medalha, triste fim não merecia

No coração da viúva só maldade residia
A ingrata nem rezou missa de sétimo dia
Pensando que muito breve com outro se casaria
Aquele grande tesouro nem Deus do céu destruía
Com atitude desumana
Dizia a fera tirana: - isso mesmo que eu queria

Castigo vem à cavalo ligeiro igual ventania
Armazém desceu as portas, sumiu toda a freguesia
Bateu doença no gado, toda a boiada morria
Igual gelo no sol a fortuna derretia
A mulher virou um farrapo
Embrulhada em velhos trapos teve o fim que merecia

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-Sp)

Composição: Lourival Dos Santos, Sebastião Victor, Arlindo Rosas

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