Tião Carreiro e Pardinho

Caboclo de Sorte

Tião Carreiro e Pardinho


Lá na vizinhança que eu sou morador
Sem que eu esperasse arranjei um amor
É uma linda moça parece uma flor
De olhar morteiro enfeitiçador
Por esta morena sofro que é um horror
E ela quase que regula a minha cor

Talvez por receio ou de opinião
Ela não deixava nem pegar na mão
Eu pedi um beijo, ela disse não
Mas com muito jeito fiz arrumação
Por eu ser violeiro e bom forgazão
Ganhei por toda a vida o seu coração

Se é coisa que eu gosto é ser violeiro
E levar a fama de bom catireiro
Recebo convite do Brasil inteiro
Já cantei de viola até no estrangeiro
Acho muito fácil ganhar o dinheiro
O mais difícil é ficar sempre solteiro

Meu futuro sogro é um homem direito
Homem de palavra e de muito respeito
Eu pedi a moça, ele ficou sem jeito
Mordeu no cigarro e bateu no peito
Perguntou pra filha se era bom sujeito
Mas respondeu que sim, eu fiquei satisfeito

Com o sim do velho me aumentou a fé
Me senti tão grande como o rei Pelé
Hoje falo alto, hoje bato o pé
Ganho muitos beijos, muitos cafuné
A sorte que eu tenho muita gente qué
Vou me casar no fim do ano, se Deus quisé

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Composição: Dino Franco e Tião Carreiro

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