Teko Porã
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O Lamento dos Degolados

Teko Porã


Vem da noite escura da alma
Do negrume dos mortais, ó Deus
O lamento dos degolados
Ancestral, infinita dor
De um passado soterrado em mentiras e clamores vãos
Segue a procissão dos assassinos
Crucificando em seu nome meus irmãos, ó Deus

Maldito seja o ferro em brasa
Santo minério convertido em grilhão
Em cela e alçapão, miséria e solidão, ó Deus
Que não se esqueça, e não mais se aconteça o horror

Liberdade... Enforcada, escravizada, torturada, estuprada pela mão que beija a cruz, ó luz
Do céu, brilhai em nós

Espadas e cavalos, cachorros encarniçados pra na mata nos caçar, ayay
Um lenço p'ras vergonhas, sua má fé, sua peçonha para a mente aprisionar, ayay
Mas gira a roda viva do samsara e os mortos vão gritar
E viva, acesa a chama da vida que jamais se apagará
Ñanderu, nzambi, Ogun
Ayayayaya, Mãe Terra
Tenho meu canto pra te defender
Tenho meus ossos, meus anéis e meus remorsos
Tenho mãe, não tenho pai

Composição: Caio Gregory

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