Teko Porã

O Bem Viver

Teko Porã


Peço a licença dos senhores e senhoras do salão
Pra vir aqui em vossa frente e lhes falar de minha gente
e cantar nossas canção
Do bando ligeiro dos cigano vagabundo
que toca por todo mundo
e até dentro do vagão
E numa casa que chama de casa barco tem seresta
e muita festa e um pouco de confusão
Mesmo imperfeito é bonito nosso jeito de abrir
ao companheiro a porta do coração

E se a saudade apertar e o cansaço
lhe pegar escute bem o violão
Pois é no som que se recebe a magia
a memória e a sintonia
do mistério milenar

O nobre ofício de ser bardo, cantador e menestrel
Tocar na praça, no metro ou na calçada
e tendo a liberdade
de passar o seu chapéu
Oia seu moço que é coisa muito antiga
esse negócio de artista trovador do povaréu
E na poesia popular e nordestina
quanto que por lá se ensina no folheto de cordel
E a ganancia dos netos dos fariseus arma cilada
e manda gente fardada nos reprimir
Pois isto prova que o que falo é verdade
a cruel desigualdade só a mentira faz vingar
Deixem viver e trabalhar honestamente
a cultura há de ocupar este e todo lugar

Teko Porã do guarani vem nos trazer tesouros mil
de quem até nós esquecemos descender
o Bem Viver de nossa avó que é a mãe terra
dá saúde e remédios, alimentos e amor
e o homem branco que destrói a natureza
mata o índio mata a vida que nos resta celebrar

Composição: Caio Gregory

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