Taio Cruz
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De Carole King a Timbaland, e de Pharrell a Smokey Robinson, existe uma grande tradição de compositores e produtores de R&B de saírem das sombras e se tornarem estrelas. Um novo nome está para ser acrescentado a esta ilustre lista, já que uma ação conjunta entre a Universal Records, no Reino Unido, e a Motown, nos EUA, apresenta Taio Cruz.

Este precoce jovem de 23 anos já abalou os altos escalões da indústria musical americana. Após Dallas Austin tê-lo chamado de "o novo Babyface", Taio trabalhou com Jazze Pha e Rich Harrison - escrevendo para Usher, Mya e Britney Spears - e estava para se tornar parte das operações dominantes do Red Zone, de Tricky (não Tricky, o dínamo de Bristol, mas Tricky, o super-produtor americano por trás de "Umbrella", da Rihanna) quando sua carreira solo começou a decolar. Nos últimos dois meses o trabalho transatlântico de Taio continuou com o prodígio de Londres escrevendo e produzindo para Esseme, a primeira adição do novo selo de Justin Timberlake. Taio foi escolhido para escrever e produzir o single de estréia, "Let Me See Dat", para o excitante novo artista americano da Island/Def Jam, Vawn, assim como diversas faixas adicionais para o álbum de Vawn, a ser lançado. Além disso, Mr. Cruz também tem trabalhado com o protegido de Mark Ronson, Daniel Merriweather, em seu álbum de estréia.

Agora seu polido album de estréia, Departure, firmará Taio Cruz como um nome a ser lembrado em 2008.

Uma coisa importante destaca este novato com voz de veludo dentre os talentos para músicas de sucesso dos EUA. Taio Cruz é britânico. Nascido e criado no Reino Unido de um pai nigeriano e uma mãe brasileira ("Eu nunca perguntei exatamente como eles se conheceram, mas meu pai é um tipo meio playboy de fala mansa, então eu tenho certeza que ela se sentiu atraída por isso"), Taio frequentou a escola na área rural de Sussex. "Naquela idade eu nem tinha nenhum conceito sobre cor", lembra-se ele, com uma calma confiança que relembra seu herói da infância, Michael Jackson, em sua fase mais "normal", "Só agora que eu olho pra trás e penso ?Nossa, eu era basicamente a única criança negra em toda a escola".

Taio tinha paixão por música desde cedo. "Minha mãe costumava tocar todos os clássicos da soul", ele sorri, "todos os nomes que sempre são mencionados em entrevistas, como Stevie Wonder e Marvin Gaye, mas no meu caso é verdade. Eu me lembro de cantar "Sexual Healing" pra mim mesmo quando eu tinha cinco ou seis anos, e minha mãe me dizendo que eu provavelmente era muito novo pra aquela música".

Sempre que ele podia ficar um tempo sozinho na sala de música da escola, Taio tocava músicas no piano. Crescendo nos sons do pop/dance dos anos oitenta de Madonna e Bad de Michael Jackson, ele já pensava grande desde o começo. "Quando você é novo, você fantasia sobre ser qualquer um que tenha te inspirado em fazer música. Então quando eu fechava meus olhos e me imaginava usando aquela jaqueta vermelha e preta, nunca era no Jazz Café, era sempre no Madison Square Garden. Não que o Jazz Café não seja um lugar legal", acrescenta Taio, diplomaticamente, "mas eu sempre sonhava em estar na América, com os ídolos com quem eu aprendi a cantar nos fones de ouvido em casa". A maneira como seu sonho se tornou realidade foi totalmente consistente com essas fantasias de garoto. Como adolescente, Taio começou a experimentar gravar suas próprias demos, e logo ele percebeu que as garotas que ele conhecia pediam fitas pra ele. "Uma grande amiga minha estava tocando uma das minhas músicas em seu dormitório na faculdade", ele se lembra, "e sua colega de quarto namorava um cara que trabalhava para a Def Jam. Ele estava no telefone com ela quando ele ouviu minha música tocando ao fundo, e perguntou o que era". Após uma série de reuniões e apresentações e muito trabalho duro, este centrado rapaz de dezoito anos estava com um contrato americano assinado, e trocando batidas com Timbaland.

Cinco anos depois, o álbum de estréia de Taio coloca em prática tudo o que ele aprendeu de seus mestres musicais americanos. Combinando uma produção de alto nível com a clareza vocal dos clássicos da soul dos anos sessenta e setenta, a ousadia do pop dos anos oitenta, e o balanço sensual das "slow jamz" dos anos noventa, Departure deverá se tornar uma virada na história do R&B britânico.

Desde que o excitante cenário do garage britânico foi marginalizado por uma desastrosa estratégia de chamar toda a música feita por negros de "urbana", e todo o resto de "pop", parece que uma conspiração ronda a indústria musical britânica para garantir que apenas artistas brancos sejam autorizados a terem carreiras cantando música negra. Não apenas escrito e interpretado, mas arranjado, produzido e mixado por Cruz pessoalmente "em seu próprio estúdio em Londres" The Arrival é o antídoto perfeito para esta triste situação, onde a coisa mais próxima que você vai ouvir de soul music na maioria das principais rádios britânicas é o novo single de Shayne Ward.

O primeiro single, "I Just Wanna Know", foi tocado 500 vezes em dois meses pela Kiss FM, assim como introduziu Taio no Top 30 inglês (um cenário com o qual ele já é familiar, tendo ganho um prêmio Brit por melho single, por co-escrever "You Game", de Will Young). E com muitos outros hits a caminho, (em destaque o contagiante segundo single "Come On Girl" e a antêmica "I Can Be") a jornada de Taio Cruz está apenas começando.
Ele ainda tem algumas surpresas planejadas mais para frente, também. "Eu tenho muitas músicas com samples de vocais africanos e sequências de batidas esquisitas", ele explica. "Mas eu não queria usá-las no primeiro álbum, porque as pessoas são mais inclinadas a te darem uma chance quando elas já te conhecem. Se você vir um estranho pulando sem parar na rua, você vai achar que ele é só um maluco, mas, se ele é seu amigo, você pode acabar pensando "Talvez eu deva ficar pulando sem parar também...talvez seja uma nova moda".

Fonte: www.taiocruz.com.br