Aí se liga pois aqui não é o morango nordestino,
É simplesmente a junção de zumbi com virgulino.
Sou nordeste sou baiano, sou latino americano,
To na paz e firme pelas quebra to andando.
Como eu disse de role na rua a gente vê,
Quem não é fica em casa esperando acontecer.
Pois chegamo pa firmar, constar e representar,
Tipo virose musical no dialeto popular.
Semente do nordeste, brotada do interior,
Entre milhares de cabeça, sempre existe um sonhador.
Se alguém Falar da Bahia, o povo lembra de axé,
E pela boca dos gringo, as baiana é que as muié.
Isso é vero, mas nem tudo aqui é carnaval,
Mas Como em todo lugar sempre existe o seu lado mau.
Fazer o que né, se eu, nasci raper e nordestino,
Então Na terra do pagode, vou rimando meu hino.
Sou do nordeste, e bato no peito com amor,
Apesar,das dificuldade, tamo no vapor.
Nosso som já ta crescendo, nascendo e desenvolvendo,
Logo,logo nois chega no sudeste, vai vendo...
Da capoeira, ao break,e do repente pro rap,
De onde vem essa origem me diz...é do nordeste.

Refrão- vamo que vamo, vamo mostrar o nosso dom,
Na batida do rap, representar nosso som.
Vamo que vamo, esplorar a conexão,
Da ponta da Bahia até o fim do maranhão.

Se liga no axé que os baiano tem,
Então se liga aqui no som que é quente também.
Do nordeste pro mundo, quem não crer acredite,
De Salvador pa Maceió é um pulo pra recife.
A conexão, que vem da favela ta ligado,
É a semente que brota do sertão ao cerrado.
A cultura é nossa e a estrutura reforça,
Sabotage falou e vai fica na memória.
Como passarinho,vamo criar asa e voar sozinho,
Tamo chegando, pa marcar nosso caminho.
No rap de responsa, eu mando meu improviso,
Tipo o b boy que num resisti e cai no piso.
Mais aí so quem é, sabe que o bagui é doido,
Que o rap ta na veia, circula e racha o coco.
É som do gueto, mas que estimula os playboy,
A meter bronca no baile, e querer ser como nois.
Pior, é o quebrado, que tem nojo do estilo
Que Tira onda de boy, dentro do carro dos amigo.
Se empolga, quando escuta o som da quebradeira.
mas bate cartão vendendo cd pela feira.
tamo junto, e somo saco da mesma farinha,
Querendo ou não querendo irmão, essa é a vida .
Caminhando e cantando de role pela caatinga,
De mãos dadas, essa é nossa vida Severina.

Refrão- vamo que vamo, vamo mostrar o nosso dom,
Na batida do rap, representar nosso som.
Vamo que vamo, explorar a conexão,
Da ponta da Bahia até o fim do maranhão.

No reggae, no rap, no raga, no arrocha,
O nordestino ta prevalecendo e virando moda.
Tem cantor de forró, que ta mais rico que o lula,
Que bate de jaguar, e 1 milhão de cobertura.
Enquanto isso, tem de raper de talento aqui jogado,
Esquecido, nem lembrado totalmente abstrato.
Ano-nima-mente rimando pelas quebrada,
Uma pá de mc,ta firme na caminhada.
Pois o povo aqui só sabe criticar e julgar,
Eu nasci aqui, mais acho que num sou desse lugar.
Fabricante, de pagodeiro, e da quebradinha,
Mais um dia nois vai puxar um trio pela avenida.
Aí, se vai ver , o regaço na pipoca,
Num vai ter pa chiclete, pois os boy vai ta de fora.
Pode ser mó viagem, mais eu sei que incomoda,
Os que tava pulando o carnaval dentro da corda.
Abalou, abalou, segura as pancada,
Saindo de ondina no trajeto pra barra.
Nem que seja de jegue, puxando uma carroça,
Vamo representar pois a cultura é nossa.
Direto do interior,chega suspeito 1,2,
Se liga aí jaõ, e segura o nosso boi.
Mesmo assim, eu bato cartão, deixo o recado,
Sou raper brasileiro e nordestino esteriotipado.


Refrão- vamo que vamo, vamo mostrar o nosso dom,
Na batida do rap, representar nosso som.
Vamo que vamo, explorar a conexão,
Da ponta da Bahia até o fim do maranhão.