Nós vamos sorrir pra vida sem contar piada
Mas olha o medo aqui de novo

A alegria do palhaço é ver o circo pegar fogo
E eu com a esquizofrenia gritando nos meus ouvidos
"Use drogas", "Seja foda", "Vamos tentar suicídio? "

Tento tapar os ouvidos e meu glóbulo ocular
Mas de tanta Licergia minha mente só quer fritar

É o alívio do stress
Que surge junto com os remédios
Enquanto eu faço umas tracks
Políticos morrem de tédio

E eu derreto prédios
Com o meu subconsciente
Brinco e volto a ser criança
E jogo bola no recreio

Azar mesmo é morrer
Azar não é quebras espelhos

Feios protagonistas
Boas pintas na Tv
Pintam as telas com suas marcas
Fazem tudo pra crescer

Seu controle é a passagem
Sua boca fica muda

Angk não é igreja mas eu causo a tua cura
Tenho medo de mim mesmo
Sou um pouco louco demais
Sure em esquizofrenia abdução ao Agliardi


B. O citação embaraço
Não é fruta no caixo
Do Faraó egípcio

Entre a cachaça e a linha branca
Homem de ferro sem a grana
Pode tudo, até oferecer perigo

Uso correto da palavra que propaga
a revolta que não cala
e mesmo assim não da em nada

Saíram de férias com o meu dinheiro
Tão matando a sede
E eu desesperado dando com a cabeça na parede

Discordando o consciente
Só quem se conhece entende
Ciclo de renovação
Pra não parar pra esse mundão

Pra não corroer a visão
Não largar tudo de mão
Não ter sempre a razão
Pra não parar em um caixão

E as meus irmãos
Que quando cai a noite querem diversão
Dar um tombo na depressão
Mesmo na indignação

Meu sincero avante!
Questionado não minta
Quando cansado cante
Quando perdido sinta

Transformar vivência em letra
É vício é mania
O que eu chamo de visão
Eles dizem: esquizofrenia

Entramos nessa vida de trip
O rap é mais
Meus pêsames por quem para por uma gripe

última chamada
Pra sair da carona furada
Meu país serve quem tem
E eu que sou louco por estas palavras

Reparei demais e acabei enlouquecendo
Se eu reparasse menos
O som não tava acontecendo

Meu sonho ia tá se perdendo
Meu canto ia ser lamento
Seria só vazio por dentro
Doença sem tratamento

Rua ensina, sem rotina
Cocaína, aspirina, apara as crina
Chama as mina, vai pra cima
Essa é a sina

Nossa prima, e a quetamina
Joga a quina, vai pra china
As companhias, gente fina
Os de fé e a proteção divina

Transformar vivência em letra é vício é mania
o que eu chamo de visão outros dizem: Esquizofrenia