Olhos azuis Não mais ferozes não mais últimas despedidas não mais paternalista

sem mais alibis não mais fazer ou morre com estacas-se nos céus

azuis não mais salgados dizer eu te amo de

como uma pedra transformando a areia em minhas mãos

não mais errado ou direitos sem brigas mais acaloradas sobre as noites batidos mergulhada na dor

não mais chorar olhos ou vidas desperdiçadas não facas mais afiadas torcidas na veia

nenhum azuis mais salgados que dizem eu te amo de

como uma pedra se voltando para a areia na minha mão

não mais fogos à meia-noite sem últimos desejos não caminhar sobre os fios todos os dias

apelos não mais finais sem remédios há última chamada para os ferimentos quando você iria embora

há mais tempestades para passar em vidro quebrado

com nossos corações em nossas mãos, como pedras voltando-se para as areias

não mais erros graves sem mágoas constantes há mais rupturas em dois

quando tudo foi dito e feito, ambos perdidos e ninguém ganhou porque eu estou perdendo o que eu estou perdendo você

azuis não mais salgados não mais eu te amo de

esta pedra se transformou em areia no meu coração e na minha mão