Sinto arrepio se espio o coitado Tão desfigurado quebrando correntes Demente, despido, caído Caminha o espectro ninguém sabe ao certo se é gente
Não, não tem nome, se fere, consome E a noite se ouve fortuito seu uivo Se encolhe entre vultos, se acolhe em sepulcros Jamais conhecendo um minuto de paz
Mas agora Jesus se aproxima E essa história, esta sina vai reescrever Sabe bem que em si mesmo se encerra No céu e na terra absoluto poder
Veja o mal se curvando, pedindo, implorando Esperando a palavra final Que é sempre do homem de dores Que a nós pecadores tão manso conduz
Esse santo a bonança nos traz E refaz a perdida esperança Jesus, Jesus Jesus
Olha o homem sentado, mudado Trajado, abrandado, de olhar serenado Olha o homem chamando, brincando E acariciando um cãozinho largado
Olha o homem passeando na praia Boiando nas ondas, na areia se espraia Olha o homem deitado na grama E essa gama de estrelas que observa calado
Mas quem poderia dizer Ele agora é um homem Simplesmente um homem Qualquer um pode ver