Atrás desde o dia em que esquecemos

Porque o tempo nos fixou e as memórias rasteijaram

Mas agora elas são divídas políticas

Não há asa esquerda

Pra esquilibrar a direita

Somos perus em uma caixa

Fomos totalmente depenados

E estamos todos prontos

Para o natal

Aqui está o paradoxo:

Nós já estamos embrulhados

E não podemos esperar

Para você nos servir

Uma carinha tristinha

Pra tudo quanto é lado

Se você declinar mais um pouco

Vai sobrar somente a desgraça

Você usa todo seu charme

Pra me mandar sozinha

Você criou pernas

Para que te servissemos de braços

Como os cordeiros num abatedouro

A gente paga por suas filhas

Somos perus em uma caixa

Fomos totalmente depenados

E estamos todos prontos

Para o natal

Aqui está o paradoxo:

Nós já estamos embrulhados

E não podemos esperar

Para você nos servir

Como uma ferida do seu coração

Como uma ferida que não vai sarar

Você sabe

Somos perus em uma caixa

Fomos totalmente depenados

E estamos todos prontos

Para o natal

Aqui está o paradoxo:

Nós já estamos embrulhados

E não podemos esperar

Para você nos servir