Silveira e Silveirinha
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Testamento de Um Pobre Velho

Silveira e Silveirinha


Caminhei por muitos anos
Na longa estrada da vida
Apesar dos desenganos
Minha missão foi cumprida

Já estou velho e cansado
Dia e noite eu lutei
Pra criar minha família
Só Deus sabe o que passei

Meus filhinhos e meus netos
Já estão todos criados
Vão seguindo os seus caminhos
Pelo destino traçado

Me deixaram no abandono
Em meu quarto tão sofrido
Ninguém vem me visitar
Me trazer o seu carinho

(“Um pai cuida dez filhos
E dez filhos não cuidam de um pai
Essa é a cruel realidade”)

Passa o dia e passa o mês
Lá se vai o ano inteiro
Desprezado pelos filhos
Só me resta o desespero

A velhice é tão cruel
Tortura a vida da gente
O meu coração de fé
Hoje sofre amargamente

(“Meu dever de pai, querido filhos, foi cumprido
Vocês vão ficar velhos também
Ninguém vai ficar para a semente
É isso ai rapaziada! ”)

Com os meus cabelos brancos
E meu corpo enfraquecido
Botei os filhos no mundo
Por eles fui esquecido

Agora que nada tenho
Ninguém precisa de mim
Na solidão dos meus dias
Vivo esperando o meu fim

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Composição: Roberto Stanganelli e Martins Neto

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