Sérgio Reis
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O Herói Anônimo do Sertão

Sérgio Reis

Mágoa de Boiadeiro


Neste sertão
Já peguei mestiço a unha
E só Deus por testemunha
Sabe quanto eu lutei

Entre os peões
Defendi os inocentes
Enfrentei homens valentes
Quando a força era a lei

Oi, boiadeiro, oi
Não se prende por dinheiro
Vê na estrada a liberdade

Oi, boiadeiro, oi
Mas agora é prisioneiro
De um amor e uma saudade

Neste sertão
Já arribei muita boiada
Já lacei onça pintada
Defendi os animais

Na comitiva
Reencontrei a minha vida
E por Deus que desta vida
Eu não saio nunca mais

Oi, boiadeiro, oi
Não se prende por dinheiro
Vê na estrada a liberdade

Oi, boiadeiro, oi
Mas agora é prisioneiro
De um amor e uma saudade

Tire dos tentos
Esse meu catorze braças
Quero fazer uma graça
Pra morena da janela

Quero montar
Naquele touro Brasino
Se cair for meu destino
Vou cair nos braços dela

Oi, boiadeiro, oi
Oi, boiadeiro, oi
Oi, boiadeiro, oi

Composição: Índio Vago

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