Sellena
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Ad Corpus

Sellena


Atirei meus fantoches a fogueira, como havia de ser, o
réu era eu...
E eu julgo-me por quem? Pelas cinzas já não posso
avistar?tão pouco fênix que fui,
renascer das virtudes que nunca alcancei
alguns pés de distância entre suas asas que tanto
amei

Por mais que meus olhos peçam pra te olhar mais uma
vez
não vou, irei fingir que o meu recomeço já é o
bastante...

Me libertei das mentiras que eu mesmo criei
arrancando-lhe de minha própria carne, como navalha
ungida pelo meu sangue, derramei para entender
que o vazio de minha dor, só o tempo pode ser

Maior...

Por mais que meus olhos peçam pra te olhar mais uma
vez
não vou, irei fingir que o meu recomeço já é o
bastante...

E eu pude entender, que o que os meus olhos vem, não
e verdade e pura ilusão

Composição: Lê Ramos

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