Samuel de Abreu

Desmundo

Samuel de Abreu


Há uma vida na esquina
Um pedaço de pão
Um gole de pinga
NĂŁo xinga!
A noite Ă© morna
Faz o meu teto
A fome rosna
E eu quieto
Sorrindo meu sorriso insano
Pras belezas da vitrina

Meu cabelo reggae de assusta
Sou preto de cor
Sou pobre
Sou puta
CĂŁo sem dono
Cá sem mundo
Vagabundo

Sorrindo meu sorriso insano
Pras feiĂşras da sarjeta


E os meus pelos pubianos
Escondendo a etiqueta
Do terno que já foi seu
E no vestido que vocĂŞ me deu
Murchou a flor vermelha
E no vestido que vocĂŞ me deu
Murchou a flor vermelha


NĂŁo me queira mal
Nem me queira
Sou branco de cor, sem eira nem beira
Sou preto nagĂ´, no resto de feira
Sou o avesso do cartĂŁo postal

Um gole de pinga
Bolacha água e sal


Sou mulher da esquina
Resto do carnaval
Mas o meu lençol de jornal
Traz notĂ­cias do norte
Fala de guerra
Fala de rock

E a flor vermelha do vestido que era seu
Que enfeitou meu dançar
Enfeitei as ruas
Murchou...
Murchou...
Morreu!


E a flor vermelha do vestido que era seu
Que enfeitou meu dançar
Enfeitei as ruas

Murchou...
Murchou...
Morreu!



(...meu cabelo reggae te assusta...)

Composição: Joilson Kariri/Samuel De Abreu

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