Puxo as “garra” e me enforquilho no canto que é meu motivo Com o saber primitivo que é o mesmo da minha gente E o que me vem na garganta, senhores, é meu legado De algum taura antepassado com o Rio Grande na essência
Por isso que me apresento na armada grande do verso Que sabe do universo, que me faz bem e fascina De um simples ronco de mate, um guitarreiro, um fogão E o coração palpitando de alguma linda me ouvindo
Não pense que é um pacholeio esse louvou à minha terra Que um cantador não se encerra nos alambrados de alguém Tem na alma um pataleio de um xucro que não faz conta E sempre que um sol aponta, se nega direito ao campo
São tantas as bem-querenças, que o meu olhar é um retrato Um zebu que ganha o mato e cusco bueno pegando Um escarceio do pingo nalguma boca de brete E um sorriso que verte depois de um pealo lindaço
E se entenderam o chasque, espalhem o compromisso De fazer do sul vício de amor, paz e beleza Sem deixar que uma história, tão presente em nossas mentes Se resuma simplesmente nalgum traste de museu
Composição: (letra: Márcio Nunes Corrêa, Música: Rui Carlos Ávila)