Trapiá sempre foi o meus trabalho Puxar boi para mim era um esporte Cavalo bom era transporte A fazenda sempre foi meu agasalho
O som do mato para mim é um chocalho A pomada para mim era leite de pinhão O meu traje é um chapéu e um gibão E a sombra é um pé ângulo Pendurei minhas tralhas de vaqueiro Porque não pude viver da profissão
Meu cavalo para mim é um tesouro Meu gibão era bom e reforçado Os arreios os arreio no meu pai Para todo lado e os estrivo bonito Cor de ouro O meu nome no chapéu de couro Capa preta com roda de peão As ortiga é cansanção Meus sapatos E saída também foram Pendurei minhas tralhas de vaqueiro Que não pude viver da manhã profissão
Encostei meu cavalo manga-larga Na porteira de água da cacimba Bebedouro lacei vaca lacei touro Lacei muita ração na forrageira Puxei gado no meio da capoeira Amarrei meu boi valente no mourão Fui lá no deserto fui peão Arruam mandacaru fui facheiro Pendurei minhas tralhas de vaqueiro Que não pude viver da profissão