Rogério Farias O Poeta do Sertão

Boi de Carro

Rogério Farias O Poeta do Sertão


Fui buscar um boi de carro que estava na prisão
Para levar para o matador a mandado do patrão
Quando a tirei o laço o animal pra mim olhou
O que ele me contou foi de cortar coração

Ele disse cortador destino triste é o meu
Eu não sei por qual motivo
Meu patrão me vendeu
Ajudei a tanta gente fui escravo do roçado
Depois de velho cansado ninguém me agradeceu
Ajudei a tanta gente fui um bravo do roçado
Depois de velho cansado ninguém me agradeceu

Ao lado do boi vapor meu primeiro parceiro
Só puxava o carro cheio
Obedecendo ao carreiro
Na passagem do riacho me ajoelhar no barro
Ou desatolar o carro
O que brava o tabuleiro
Na passagem do riacho
Me ajoelhava no bar o desatolava o carro
Ou quebrava o tamboeiro

Quem trabalhava comigo batia por desaforo
Cortava meu corpo inteiro
Com um chicote de couro
Em vez de me libertar
Para eu morrer no cercado
Meu sangue vai jorrando
Nas tábuas do matadouro

Aqui eu faço um apelo
Para os donos de curral
Não deixar seus vaqueiro
Maltratar seus animais
Bote o boi velho pro pastor
Tira a canga do pescoço
Deixa solta seca moço
Boi velho não pode mais
Eu também já fui carreiro
Nas estradas do sertão
Pendurei o meu chicote minha vara de ferrão
Eu pergunto a todo mundo porque
A justiça é lenta todo velho se aposenta
Porque boi de carro não

Composição: rogerio farias o poeta do sertão

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