Tupã estronda e cai a água Que apaga o incêndio na floresta E todas as ervas não passam de cinzas Que o vento leva e nutre a terra.
Quantas lutas já passaram desde que os curumins sumiram E os caras pálidas carniceiros aparecem ludibriando nossos índios Lembra quando o grande espírito andava entre nós? Sim, Xamã sagrado eu sinto que somos singelas Expressões da natureza e como uma águia assim eu vivo Vendo daqui de cima os homens como realmente são Tão frágeis e tão pequenos Que toda a maldade se dissipe como fumaça Em todo e em qualquer intento
Um clamor Tupi tecido em várias vozes em um rito de Toré interrompido Por analfabetos espirituais que nos taxaram de primitivos E os Caraíbas transmissores de doenças Como a lepra e o tifo, A varíola e a febre amarela que acabaram com os nossos filhos
Onde estão os Xoclegues e Ianomames? Onde estão os Tupi-Guaranis? Onde estão os Carajás Craôs, Jamoios e Tupis? Onde estão os Xoclegues e Ianomames? Onde estão os Xocós Cariris?